domingo, 2 de dezembro de 2012

esta cidade é uma colher de prata poeirenta
não é adequada ao sumo que és.
tu, de palavra lenta,
olhos portões de suspiros calados
lágrimas como marés
rompendo os meus lábios cansados

eu não sou adequado ao sumo que és
os teus braços não cabem no meu pátio
e a tua mão de estio
cai sobre o meu corpo frio
como um gato sem pés
do alto sem rede...

o sumo que és
alguém o bebeu
e eu vazio e com sede.





quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

o teu casamento vai ser daqui a 23 dias eu sei-o,
a tua mãe veio-me entrar o convite
com aquele sorriso na face
que diz "o mundo não é tão feio?"
eu sei, tu andas perdida pelo meio
só queres que o tempo passe
até lhe dares um genro e um neto.
por hoje já te deves ter arrependido do
"és um vagabundo"
foi um insulto, não foi um repto
se nao nao querias que batesse no fundo.
anda lá, não vês ainda hoje o que seria?
avé, oh avé, avé maria