domingo, 2 de dezembro de 2012

esta cidade é uma colher de prata poeirenta
não é adequada ao sumo que és.
tu, de palavra lenta,
olhos portões de suspiros calados
lágrimas como marés
rompendo os meus lábios cansados

eu não sou adequado ao sumo que és
os teus braços não cabem no meu pátio
e a tua mão de estio
cai sobre o meu corpo frio
como um gato sem pés
do alto sem rede...

o sumo que és
alguém o bebeu
e eu vazio e com sede.