é preciso ousadia para quereres falar comigo;
enquanto eu pensava que era teu amigo tu
nem sequer escondias o que eu contive para
não andar sozinho.
eu sei a razão de teres fingido por tanto tempo;
tu só querias tocar em tudo o que era meu
e por um único gélido momento
seres exactamente como eu.
quem te diz que eu tenho de te dizer olá ?
se estás insatisfeita com a tua posição social
vai ao ministério do ego na tua cabeça
para mudar essa peça que é desfuncional.
andas por Lisboa a dizer que nós somos iguais;
pois estavas melhor a tomar uma sesta, porque,
apesar de sermos ambos bestiais,
só tu é que herdas o adjectivo de besta.
não percebo porque clamas que sabes tanto;
se logo que chegas à entrada,
quando alguém te questiona tu largas um vago pranto,
e acabas a noite calada.
tu sabes que nunca me hás-de tocar sequer no pé;
porque mesmo que por alguma razão,
digas que já perdeste a tua fé,
a verdade é que te posso dizer na hora
que nunca tiveste nenhuma.
estava destinado a acabar assim;
porque apesar de eu ter acreditado
tão fielmente em ti,
pelo que eu vi, tu nunca acreditaste em mim.
Paulo Oliveira
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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uau! está genial. Mesmo!
ResponderEliminarParece-me carregada de sentimento. Mais uma vez, genial!
Será assim tão hipócrita?
ResponderEliminareste, paulo, é mais um daqueles.
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