quarta-feira, 5 de maio de 2010

ela brilha como o sol,

ela brilha como o sol, e arde como um pinhal
na Austrália. ela está distante como as estrelas
e ondula como o mar. acredita, ela pode pegar
na escuridão da noite e pô-la no dia,
só para te fazer reconsiderar !

ela é louca como uma artista, e larga magia
dos seus cabelos quando abanam no ar.
tu sabes, ela é uma hipnotista de se olhar,
e é certo que te ponha de joelhos.

ela toma as concessões que prefere,
quando está cansada ou magra, sabes que o
mundo todo irá acabar. ou quando pegas
na mala e foges, ela tem o seu exército
no teu braço, para te agarrar.

não penses que podes escapar,
não penses que vais ter êxito,
porque o vês nas suas íris,
e não penses que a vais deixar
de amar, quando vês o seu lenço,
com mais cores que o arco-íris.

quando tu tornas os teus olhos sérios,
ou viris, e tentas não tomar como verdade
o que ela diz; repara, homem!, que ela é
toda a tua liberdade. e não vais ser mais
que os cães que comem o que lhes é
arremessado.

em sinceridade, tens o coração podre
e ainda assim estás vilmente apaixonado.
e não é do teu agrado, mas ela é a colectora
dos juros que te persegue e invade o teu espaço.

e não tentes esconder nunca
o teu maço na tua gamela.
tu sabes, que mesmo sem
fumar qualquer cigarro,
a tua cabeça é dela.
invariavelmente, vais
querer
passar a noite com ela.

Paulo Oliveira

1 comentário: